Pikachu na Veia - Mas eu gosto de Digimon

Todo mundo teve um anime infantil na carreira. Dificilmente um otaku brasileiro (como nós mesmos estranhamente nos chamamos) não passou por uma produção do naipe de Pokémon e Digimon quando iniciou sua "carreira". Que levante e cuspa no chão o pobre coitado, digo, sortudo que nunca assistiu um episódio de algo como, sei lá, Beyblade [Se esconde atrás da pedra]. Hum? Ninguém? Eu já suspeitava.

Isso porque, pequenos gafanhotos, um dia já fomos "menores" (tem gente aí que sempre foi grande, não teve jeito) e já gostamos de colecionar bichinhos, evolui-los e até mesmo gastarmos nosso humilde dinheiro (difícil pra caramba de acumular) em uma brinquedo de 10,99 (porque os malditos ADORAM colocar número quebrado pra parecer mais barato). Bons tempos. Mas, falando com meus botões esses dias (que nada, com a cambada de marmanjo que trabalham pra mim), eu confessei que estava reassistindo Digimon Tamers... CALMA! Não fujam! É sério!

Digimon Tamers ou Digimon 3 como ficou conhecido pela maioria aqui, marcou meu processo evolutivo como "apreciador da cultura japonesa" (Nome bunito, né?). Não era só uma série de monstrinhos que se matavam (literalmente) para chegar ao topo da escada de poder, era uma série que explorava pontos fortes dos shonnen (amizade, honestidade, blá blá blá) sem ser "tão infantil". Muito melhor que a terceira temporada de Pokémon, that´s a fact.

Tá, mas e aí? Tendo tanta coisa boa pra ir atrás, por que Digimon Tamers? Porque não é só bom, mas, entre todos os Digimons, é o com melhor roteiro. Possivelmente a nata de histórias condensadas, com personagens interessantes, ao lado do meu sempre amado Monster Rancher. Digam o que quiserem de seus mangás "adultos" (mimimi Berserk mimimi), Digimon Tamers é um ícone de uma geração que ainda não tinha experimentado o mangá no Brasil. Era correr às 17, ou às 17h30 ou às 18h, o que fosse, para ver Fox Kids (In memorian) e seu bloco de animes de qualidade duvidosa (alguém aí lembra de Shinzo?). Por mais que fosse uma época fraca de produções no Brasil, havia QUALIDADE no que era transmitido, havia respeito pelos fãs (Animax, quem?!?).

Fica aí o conselho de quem, já com 20 e poucos anos na cara, sente que nunca esteve tão fácil gostar de animes, mas também nunca esteve tão fácil se decepcionar com animes (e valendo o mesmo para mangás e principalmente emissoras): Não esqueçam do passado. Um dia vocês curtiram muito Digimon (a aí vale qualquer uma das quatro séries), Pokémon (outro in memorian) e Yu-Gi-Oh (antes das motos esquisitas) e sabiam que aquilo, na medida do possível, era bom. Hoje... Pff... E tem gente que ainda prefiria Shin-Chan (maldita geração Bob Esponja). Bah, cença que vou ler Naruto...

E por último mas não tão importante deixe eu me apresentar: Meu nome é Black um baita chato que goste de mangás, animes e eventualmente escreve 'práqui' e é editor-chefe (e colunista) do site Sake com Sal. "Deixe aí sua opinião, pessoal".

Até a próxima.